Mesa redonda debate “Águas Subterrâneas e Mineração”

O evento reunirá especialistas brasileiros para debater as principais questões que envolvem água e extração mineral.

A Associação Brasileira de Águas Subterrâneas (ABAS) promove entre os dias 2 e 5 de agosto a mesa redonda “Águas Subterrâneas e Mineração” no XXII Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas, organizado pela entidade, no Espaço Arca, em São Paulo. 

O evento reunirá especialistas brasileiros para debater as principais questões que envolvem água e extração mineral, como Flávio M. Vasconcelos, geoquímico, presidente da ABAS de Minas Gerais, que coordenará, além de moderar os trabalhos. Outros participantes confirmados são Fernando Vilela, Químico do Laboratório Campos Análises, o geólogo Antônio Bertachine, presidente da MD GEO para dar a visão das empresas de consultoria e o engenheiro master da Vale S.A. Dr. Ruberlan Silva, que vai expor sobre o desenvolvimento tecnológico na área de geoquímica ambiental e relatar sobre estudos de predição da qualidade da água no ambiente da mineração. “Todos nós, profissionais, técnicos, pesquisadores e empresários precisamos ter cada vez mais pró-atividade para buscar soluções e medidas que garantam a segurança da boa qualidade hídrica das águas subterrâneas e superficiais na exploração mineral,“ diz Flávio Vasconcelos presidente da ABAS de Minas Gerais. 

Vasconcelos comentou ainda que as autarquias devem questionar o setor privado em relação aos possíveis impactos ambientais de disponibilidade e qualidade nos recursos hídricos locais. “Sabemos que a exploração mineral pode alterar a qualidade e a quantidade da água, tanto no escoamento superficial como no fluxo subterrâneo e que a mineração, em média, recicla 90% da água utilizada em seu processo de lavra e beneficiamento mineral. Portanto, é importante continuar realizando o bom manejo das águas nas minerações e adotar, sobretudo, medidas preventivas, em relação a possíveis impactos na qualidade ambiental deste recurso mineral tão indispensável, a água”. 

Os órgãos ambientais, por sua vez, devem exigir o cumprimento das normativas já bem estabelecidas no país e que protegem o solo e as águas subterrâneas (CONAMA 420/2009 e CONAMA 396/2008), desde o licenciamento ambiental até o comissionamento das instalações, durante as operações e nos planos de fechamento das minas. De acordo com o presidente da ABAS MG, o foco da entidade é a democratização do conhecimento e a capacitação técnica, criando evento, debates, cursos e atualizações com Palestrantes de vários pontos do planeta. “Nesses eventos discutimos não apenas questões como manutenção dos empregos e da atividade econômica, mas a preservação, estudos de qualidade, gestão de efluentes e gestão de águas subterrâneas”, comenta Vasconcelos. 

O congresso tem como tema central: “Águas subterrâneas, invisível, indivisível e Indispensável” e abrigará ainda o XXIII Encontro Nacional de Perfuradores de Poços e a Fenágua – Feira Nacional da Água 2022. A mesa redonda “Agua subterrâneas e mineração será no dia 4 de agosto das 13h às 15h30 no auditório 3 do Espaço Arca. A programação completa do congresso pode ser vista em https://xxiicongressoabas.abas.org/. O XXII Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas acontecerá entre 2 e 5 de agosto no Espaço Arca, em São Paulo, localizado na Rua Manoel Bandeira, 360 – Vila Leopoldina.